Sobre controle de revisões

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Sobre controle de revisões

Atualmente, na internet, é muito comum ver muita gente falando sobre controle de revisões. Tabelas, métodos, aplicativos, roteiros, etc… Ou seja, muitos métodos que focam exclusivamente na forma, e pouco se debate sobre o conteúdo, ou seja, o quanto efetivo é o método (o quanto você consegue lembrar). Isso deriva. muitas vezes, do modo como vemos a vida, em que queremos ter controle sobre todos os aspectos dela, mas a realidade é que não temos controle nenhum. Com os estudos, não é diferente.

Você não vai conseguir lembrar um conteúdo na prova só porque o revisou ele um dia, uma semana, um mês, ou qualquer que seja a estratégia de revisão que você tenha usado. Seu cérebro não funciona desse jeito. Ele é uma máquina que sempre vai buscar o melhor desempenho possível gastando o mínimo de energia. Se ele entender que um assunto não é pra ser lembrado, não vai ser, e ponto final. Você pode querer se impor a ele, mas você vai perder.

Quantas vezes você pegou se lembrando de algo que leu uma vez na vida de forma detalhada, e quantas vezes você acaba esquecendo de coisas de materiais que você leu mil vezes? Faça essa reflexão e pense se você vai conseguir determinar à força o que seu cérebro vai guardar na sua memória mesmo…

Por isso que não adianta tentar ter o controle de tudo. Na prática, não temos controle de nada. Isso se chama aleatoriedade, e ela vive acontecendo na nossa vida. Não adianta fazer o melhor esquema de todos para lembrar, porque você vai esquecer várias coisas nos momentos importantes. Ao invés de fazer isso, se concentre no que efetivamente vale a pena fazer: estudar. Estudando devagar e sempre, a cada repetição de conteúdo, você vai agregando mais e o saldo entre lembrar e esquecer vai ser positivo. Mas essa repetição e fixação deve ser espontânea, de acordo com seu tempo… Não adianta forçar. Se você tem mais facilidade na matéria, naturalmente ela vai ser absorvida mais rapidamente, e isso vai ajudando a consolidar mais e mais. Se você tem mais dificuldade na matéria, ela vai ser mais devagar, mas isso faz parte do processo.

Por isso, mais uma vez: não tente criar essa sensação de controle de quando você vai revisar algo. Você está se apegando mais à forma que ao conteúdo, e isso simplesmente não funciona. Por isso que pessoas perfeccionistas, muitas vezes, não dão certo no mundo dos concursos se não mudarem um pouco seu jeito de ser.

Já ouviram falar da expressão “esquecer para lembrar”? É uma expressão bastante conhecida na Teoria de Aprendizagem. Significa que o cérebro precisa fazer uma “limpa” constantemente na nossa memória de curto prazo (memória mais consciente). Ele precisa fazer isso para ter espaço para lembrar do que realmente importa. Ou seja, o esquecimento faz parte do processo de aprendizagem, e é algo que você não pode (nem consegue) ignorar.

Muitos vão falar que o jeito deles revisarem dá certo, que eles se sentem mais seguros revisando, e outras coisas mais. E se revisar utilizando um determinado método funciona e dá resultado, mantenha isso! Mas cuidado com o viés da confirmação: se atente para não criar explicações que confirmem seu modo de ver a vida. Saia da zona de conforto. É necessário parar para pensar sobre o processo, não ligue o automático!

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