Foco – A força de vontade e o “teste do marshmallow”

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Como se preparar para concursos, Dicas ADN
Foco – A força de vontade e o “teste do marshmallow”
Na minha humilde opinião, achei este o melhor texto da série até aqui, e que mais da pra por em prática. Pois bem. Na década de 70, o psicólogo Walter Mischel fez um pequeno teste com crianças. Dentro de um local sem qualquer outra diversão, mostrou-lhes uma bandeja de Marshmallow e disse que podiam pegar um, caso quisessem, porém, se esperassem ele resolver um pequeno problema, quando voltasse, teriam direito a 2 marshmallow. O objetivo era testar a força de vontade das crianças e relacionar com outros aspectos de sua vida no futuro. Tamanho autocontrole era um feito e tanto sob condições tão ruins para uma criança de 4 anos. Haviam sido eliminadas da sala quaisquer distrações: nada de brinquedos, livros ou mesmo quadros nas paredes. Cerca de um terço das crianças pegava o marshmallow imediatamente, enquanto outro terço ou mais esperava por intermináveis 15 minutos até ser recompensado com dois marshmallows (o outro terço se situou em algum ponto entre um grupo e outro).

A forma como nos focamos é a chave da força de vontade. As crianças que esperaram durante todos os 15 minutos o fizeram se distraindo com artimanhas como jogos de faz de conta, cantando ou cobrindo os olhos. Se uma criança simplesmente ficava olhando fixamente para o marshmallow, ela dançava (ou, mais precisamente, o marshmallow dançava). 
 
Podemos relacionar tal experiência a concursos ou testes. Pelo menos três subtipos de atenção estão em jogo quando confrontamos o autodomínio com a gratificação instantânea. O primeiro é a capacidade de voluntariamente desligar nosso próprio foco de um objeto do desejo que prende poderosamente nossa atenção (celular, TV, etc). O segundo, resistir à distração, nos permite manter nosso foco em outro lugar (estudo, questões, simulados) , em vez de gravitar ao redor do suculento objeto. E o terceiro permite que mantenhamos nossa meta no futuro (aprovação, posse, viagens), como os dois marshmallows mais tarde. 
 
Ahh…E qual foi o resultado visto quase 20 anos depois? Aquelas crianças que tiveram força de vontade e autocontrole, quase em sua totalidade, estavam bem sucedidas na saúde, pessoal e profissionalmente, ao passo que os demais acabaram tendo algum tipo de problema. Disso se deduziu que o nível de autocontrole de uma criança é um indicador de seu sucesso financeiro e de sua saúde na idade adulta tão forte quanto a classe social, a riqueza da família de origem ou o QI. Ou seja, dá pra mudar nosso destino. É ciência. Um abraço!

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