A grande vilã dos concursos: curva de esquecimento
Imagine a seguinte situação: você estudou durante meses para o concurso dos sonhos, leu muitos livros, fez questões, e, no momento da prova, deu aquele branco. Desesperador né? O nome desse fenômeno presente na vida dos concurseiros é “curva de esquecimento”.
Por mais que você não conhecesse essa nomenclatura, é provável que já tenha esquecido algo importante, como por exemplo, a teoria em uma questão de concurso. Mas, calma, existem técnicas que ajudam a diminuir a curva do esquecimento, a grande vilã dos concursos. Esse fenômeno foi comprovado cientificamente. Estudos apontam que todas as pessoas vão passar pela curva do esquecimento, a menos que tenham uma memória fotográfica. A normalidade indica que o esquecimento vai acontecer.
O problema é que você não tem como saber o que vai esquecer e quando. Prova disso é que, talvez, consiga se lembrar de um livro que leu na infância e se esqueça de um texto que leu há um dia. Infelizmente, não dá para determinar ao seu cérebro sobre o que lembrar.
Na hora da prova do concurso, quando se deparar com uma questão que não lembre o conteúdo, o conselho é pular. Somente depois de resolver as outras perguntas, volte e pense naquela que ficou em dúvida. Pode ser que, durante a resolução de outras questões, tenha ativado algum gatilho na sua mente. O que permitiu que você lembrasse muitas situações além daquela. Nos itens abaixo, conheça melhor sobre a curva do esquecimento, de acordo com as ideias do professor Adalberto Delgado Neto, fundador da ADN Concursos.
O que é a curva de esquecimento?
O esquecimento ocorre, de fato, como uma curva. No começo, é mais fácil lembrar dos acontecimentos, por exemplo. Com o passar do tempo, as lembranças se tornam mais difíceis e longe de serem alcançadas. Mas, é certo que esqueceremos algo do que estudamos ou lemos, ao longo da vida. “Tudo que acontece com a gente há uma tendência a esquecer. Há a maior probabilidade que aconteça.
O esquecimento não é proposital, não conseguimos definir o que será esquecido”, diz o professor Adalberto Neto. Muitas pessoas tentam combater a curva de esquecimento, em vez de reconhecê-la. Uma estratégia usada é a “decoreba”. Os concurseiros têm o hábito de decorar o conteúdo, com a falsa impressão de que podem combater o esquecimento. O volume de conteúdo de um edital de concurso é grande. E não é tentando decorar que você conseguirá se lembrar de tudo. O esquecimento vai ocorrer, ainda mais com o acúmulo de conhecimento no cérebro.
Como a curva de esquecimento atrapalha nos concursos?
No universo dos concursos, é mais fácil identificar quando a curva do esquecimento acontece. Por isso, ela é conhecida como a vilã dos concursos. O famoso “deu branco” na hora da prova pode atrapalhar no desempenho dos candidatos e deixar para trás o sonho do cargo público. Ficar muito tempo preso na questão que não lembra a resposta pode fazer com que fique desorganizado e perca o foco.
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Em geral, os concursos apresentam conteúdos programáticos extensos. Além de Língua Portuguesa, Matemática, Informática, muitas seleções cobram também Legislação, Direito Administrativo e Direito Constitucional. Essas disciplinas exigem uma dedicação maior em função do tamanho do seu conteúdo. É difícil fixar todos os tópicos que constam no edital e chegar na hora da prova com tudo fresquinho na mente.
A decoreba, por exemplo, pode ser uma boa opção se o conteúdo cobrado for pequeno, como nas provas da universidade. No caso dos concursos, essa estratégia não é aconselhada, já que você teria que decorar conteúdos de diversas disciplinas para as avaliações.
Como superar a curva de esquecimento
Mas, afinal, como fugir da curva do esquecimento? O primeiro passo é aceitar que ela vai acontecer. Uma estratégia a ser utilizada é a revisão. Após ler o conteúdo, procure revisá-lo depois de uma semana, um mês e seis meses. Isso faz com que você sempre relembre aquilo que já foi estudado. A técnica mais recomendada pelo fundador do ADN Concurso, no entanto, é a repetição. Primeiro, faça uma pesquisa dos assuntos que mais caem na prova do concurso.
São esses assuntos que você lerá com prioridade, já que eles têm mais chances de cair na avaliação. Quando acabar o conteúdo dos assuntos prioritários, repita-os! O professor Adalberto Neto atenta que o candidato não deve se deter aos temas secundários. Apenas se tiver tempo, comece a ler sobre outros assuntos. “Ao estudar sobre os assuntos que mais caem, você irá acertar mais questões e, assim, aumentar o número de acertos”, constata.
Acima de qualquer técnica, é importante ter um planejamento de estudos. Adalberto indica a preparação em três partes: letra da lei, resumos e questões. Para ele, os livros são materiais extensos e que demandam muito tempo do candidato.