Sempre desconfie do que é fácil: o que a Caverna do Dragão pode nos ensinar?
Quando era mais novo, um dos meus desenhos preferidos era o “Caverna do Dragão. Pra quem não sabe, trata-se de um grupo de jovens que, do nada, sem saber por quê, entram num portal e caem num mundo fantástico, em que cada um tem um superpoder.
Desde o primeiro episódio, eles tentam voltar ao mundo real, mas NUNCA CONSEGUEM. Além dos garotos, há três personagens principais, que são o mestre dos magos, o vingador e uma unicórnio, que vira bicho de estimação de um dos garotos.
No mundo dos concursos, vejo muita gente com o perfil de querer terceirizar a atividade de passar em concurso, e querem tudo mastigado, buscam incessantemente por cursos, aulas, “coaches” milagrosos, que prometem aprovação ou coisas do gênero em tempo recorde, etc., e que se você não comprar isso, nunca vai passar.
E tem muita gente que vai nessa, porque o poder de decisão é mínimo, já que você decide pelo que os demais pensam, e nosso cérebro SEMPRE VAI PROCURAR PELO QUE É FÁCIL, porque é mais confortável para ele. Quando surge uma dificuldade, põe a culpa em qualquer outra coisa, menos na sua decisão, já que isso é mais doloroso. Se autosabota.
Mas o que isso tem a ver com Caverna do Dragão? Então. Lembre do Vingador, que em muitos episódios oferecia a resposta fácil, os “milagres”, mas que na verdade só queria manter os jovens naquele mundo fantasioso.
Lembre dos cursos que você já pagou e não adiantaram muito? O que mais interessa a eles? Que você seja aprovado ou que você continue pagando para eles? Mas não os culpe. A culpa é sua! Em alguns momentos, cursos são úteis, mas você precisa ter discernimento.
E o unicórnio? Lembro que algumas vezes os jovens deixam de voltar ao mundo real porque ele não pode ir, já que pertence aquele mundo. Que tal relacionar isso à auto-sabotagem que você faz consigo?Agora lembre da postura do Mestre dos Magos.
Ele é muito poderoso, mas NUNCA disse como se sair dali. Sempre se manifestava por meio de enigmas. Os jovens sempre queriam a resposta FÁCIL, e o mestre sempre os deixava pensando, para que ELES MESMOS PUDESSEM DESCOBRIR AS RESPOSTAS. Ele ajudava, mas os jovens tinham que descobrir SOZINHOS.