Aprendizagem por associação e concursos públicos
Uma das maneiras de o ser humano aprender é a chamada aprendizagem por associação. Você tem uma experiência atual e a relaciona ou associa a uma passada, fazendo com que seu conhecimento sobre aquele tipo de situação aumente e fique mais profundo, porque, a cada associação que você faz sobre aquilo, em tese, mais você saberá.
Desde a nossa infância, nosso conhecimento sobre as mais diversas experiências vem se consolidando através da aprendizagem por associação. Quando nunca se viu algo, se viu há muito tempo, ou se viu sem prestar tanta atenção, o ser humano precisa fazer associações mais tênues, e, consequentemente, o início daquela aprendizagem nova vai ser mais lento. Com o tempo, isto se equilibra, se souber usar bem as ferramentas.
Agora transpusamos isto para os estudos de concurso. Noto muita gente querendo aprender todo um conteúdo na PRIMEIRA VEZ que lê, ou quando lê depois de muito tempo. Tal procedimento, a meu ver, é falho, por dois motivos.
O primeiro é de que, ao querer entender tudo “de primeira”, você força o seu cérebro desnecessariamente, porque aquilo ali vai ser esquecido em breve, e, como você tá parando praticamente em todo tema pra exauri-lo, vai demorar demais a voltar pra ele. Quando voltar, o que vai acontecer? Volta o texto que você vai ver. Você vai fazer associações tênues novamente, e o ciclo se reinicia.
O segundo é que talvez esse tema que você queira exaurir não seja tão importante assim, ou sua forma de cobrança em provas não demande tanto aprofundamento. Dessa maneira você vai estar perdendo tempo.
Qual a solução? O que gosto de falar pros alunos é ter uma primeira leitura superficial, entender o contexto, e a partir da segunda leitura se aprofundar aos poucos em temas que a pessoa identificar que precisa, tanto porque ela não tá bem nele como porque cai em prova.