Não tente determinar o que vai guardar na memória

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Não tente determinar o que vai guardar na memória

Nossa memória fica em uma região do cérebro impossível de ser domada. A memória é algo relativamente inexplorado pela ciência, tendo em vista ser excessivamente subjetiva, mas uma coisa é certa: ela não funciona numa ordem lógica e sequencial. E isso é simples de provar.

É muito provável que você lembre de coisas que aconteceram (ou que você leu) na semana passada e não lembre de algo que aconteceu ontem. Indo ainda mais longe… Tem coisas que você leu há 15 anos uma única vez e ainda lembra, ao passo que se tentar lembrar exatamente o que viu hoje às 7 da manhã, provavelmente não vai conseguir recordar.

Há pesquisas que provam algumas coisas muito peculiares, como, por exemplo, indivíduos que sem querer alteram sua memória em virtude de outras experiências posteriores. Isso é muito comum de acontecer, inclusive, em conversas familiares. “Eu tenho certeza que não foi desse jeito. Lembro perfeitamente”. Daí seu pai mostra um vídeo de você fazendo exatamente aquilo que tinha feito. E não foi sua culpa. É só que nossa memória funciona do jeito dela. O mais importante é VOCÊ NÃO QUERER DOMINÁ-LA.

Muitos tentam SISTEMATIZAR o que devem lembrar, mas infelizmente essa é uma estratégia ruim. Vamos a alguns exemplos:

     – Revisões pré-programadas: 1 dia, 1 semana, 1 mês, 6 meses; 7 15 30; 7 30 60; 1 7; 30 60 90 120… Não importa a periodicidade. Você pode lembrar de algo lendo uma vez ou pode esquecer lendo várias.

     – Leitura intensiva até decorar: essa é uma das piores. Você não vai conseguir empurrar de forma forçada algo na sua memória de longo prazo. E lembre-se: a matéria do concurso é gigantesca. Para concursos curtos, pode até servir, afinal o espaço cabe. Mas pra concursos grandes, nunca vai.

Existem outras, como organização de flashcards por cores, números, gavetas, etc (não é o flashcard em si, que pode até ser útil, o problema é querer encontrar alguma lógica e uma forma “garantida” de que não vai esquecer). Certo, mas e aí? O que eu faço? Largo tudo e vou fazer tatuagem na praia? Claro que não. A questão é: APENAS SE PREOCUPE COM O QUE DE FATO FAZ DIFERENÇA. Pare de querer encontrar lógica em tudo! E como faço isso? O que faz você passar? O que você aprende. O seu estudo. Não é o modo que lembra, é O QUE lembra.

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